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Brasil: um país rico em biodiversidade, abençoado por Deus e bonito por natureza

Atualizado: 19 de mar. de 2021



Jorge Ben Jor sabe das coisas! O Brasil é um país abençoado por Deus e bonito por natureza. Abençoado, bonito e rico em patrimônio natural, tanto em fauna quanto em flora.

Formado por seis biomas com diferentes particularidades - oficializados pelo Ministério do Meio Ambiente em 1996 - nosso país ostenta biodiversidade: Amazônia (ou Floresta Amazônica), Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa (ou Campos Sulinos) e Pantanal, e cada um deles comporta diferentes espécies de vegetação e animais.

A vegetação é um dos componentes mais importante da biota - conjunto de todos os seres vivos de uma região - e, por isso, é essencial a conversação e a continuidade, pois são elas que definem a existência ou não de hábitats para as espécies, a manutenção de serviços ambientais e o fornecimento de bens essenciais à sobrevivência de populações humanas.

Para que a vida nos biomas perpetue é fundamental, estabelecer políticas públicas ambientais, identificar oportunidades para a conservação e usar, de forma sustentável, os benefícios da biodiversidade.


Amazônia


Retirada do site: Planeta Biologia

A Amazônia é o maior bioma do Brasil. Com seu imenso verde e vasto mundo de águas e florestas, ela cobre os seis estados da Região Norte mais partes de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Num território de 4,196.943 milhões de km2 crescem 2.500 espécies de árvores (ou um-terço de toda a madeira tropical do mundo) e 30 mil espécies de plantas (das 100 mil da América do Sul).

E os números monumentais não param por aí, a bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6 milhões de km2 e tem 1.100 afluentes. Seu principal rio, o Amazonas, corta a região para desaguar no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo.

A Amazônia não é fundamental somente pelos dados, mas principalmente pela função que exerce de estabilidade ambiental do Planeta, já que na floresta "estão fixadas mais de uma centena de trilhões de toneladas de carbono", o que significa que, "Sua massa vegetal libera algo em torno de sete trilhões de toneladas de água anualmente para a atmosfera, via evapotranspiração, e seus rios descarregam cerca de 20% de toda a água doce que é despejada nos oceanos pelos rios existentes no globo terrestre".

A Amazônia é o “bioma brasileiro mais preservado em relação à sua cobertura original, porém, o que mais avança em taxas de desmatamento devido à expansão da fronteira agropecuária e do agronegócio.” (AGUIAR, SONIA et al 2016).


Caatinga


Reprodução - Site: Ciencianautas

A Caatinga é o único bioma compreendido inteiramente em território brasileiro, e ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional. Engloba os estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais.

É um bioma extremamente rico, pois abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. E exerce forte influência sobre as pessoas que vivem na região - cerca de 27 milhões - pois a maioria delas é carente e depende dos recursos do bioma para sobreviver.

Uma parcela considerável do que hoje se classifica como caatinga já foi Mata Atlântica (AGUIAR, SONIA et al, 2016). Isso se deve ao fato dessas áreas serem profundamente impactadas pelo destamatamento, que chega a 46% da área do bioma, pelo consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e indústrias, ao sobrepastoreio e a conversão para pastagens e agricultura.


Cerrado


Site: Brasil Escola

Ocupando uma área de de 2.036.448 km2, que corresponde a cerca de 22% do território nacional, o Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e é considerado a savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas.

As nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata) estão presentes neste espaço territorial, o que resulta em um elevado potencial aquífero, e favorece a sua biodiversidade, além de ser fundamental para a manutenção dos demais biomas brasileiros.

Além da enorme relevância ambiental, o Cerrado tem grande importância social, pois existem as comunidades tradicionais - formada por etnias indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros e comunidades quilombolas que, juntas, fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade - que desenvolvem fortes relações de troca com o meio ambiente e possuem uma identidade própria. Estudos apontam que “um percentual significativo de plantas locais e nativas utilizadas pela população, tanto para finalidades medicinais quanto comestíveis, em especial os frutos, que "se destacam pela variedade de formas, cores, sabores e aromas" e são utilizados em doces e bebidas.” (AGUIAR, SONIA et al, 2016).

Infelizmente, mesmo tendo sua importância biológica reconhecida, o Cerrado é o bioma que possui a menor porcentagem de áreas sobre proteção integral. A partir daí percebemos a necessidade de reverter o quadro de destruição ambiental em curso e defender o reconhecimento do bioma como patrimônio nacional.


Mata Atlântica


Site: Mundo Educação

A Mata Atlântica é a segunda maior floresta da América do Sul. Originalmente, o bioma ocupava mais de 1,3 milhões de km² em 17 estados do território brasileiro, estendendo-se por grande parte da costa do país. Porém, devido à ocupação e atividades humanas na região, hoje restam cerca de 29% de sua cobertura original. “Ainda assim, é considerada um dos mais ricos conjuntos de ecossistemas do Planeta, com cerca de 20 mil espécies de árvores, sendo oito mil delas endêmicas. Esta endemia abrange também centenas de espécies animais, entre mamíferos, aves e anfíbios.” (AGUIAR, SONIA et al, 2016).

Além da riqueza em biodiversidade, o bioma fornece serviços ecossistêmicos essenciais para os 145 milhões de brasileiros que vivem nela. De acordo com o site do Ministério do Meio Ambiente, “as florestas e demais ecossistemas que compõem a Mata Atlântica são responsáveis pela produção, regulação e abastecimento de água; regulação e equilíbrio climáticos; proteção de encostas e atenuação de desastres; fertilidade e proteção do solo; produção de alimentos, madeira, fibras, óleos e remédios; além de proporcionar paisagens cênicas e preservar um patrimônio histórico e cultural imenso.”

Com todas essas informações, fica mais do que claro o quão fundamental é, ainda segundo o site do Ministério do Meio Ambiente, “a conservação dos remanescentes de Mata Atlântica e a recuperação da sua vegetação nativa para a sociedade brasileira.”


Pampa

Imagem de Pedro Toconás por Pixabay

O bioma Pampa - termo de origem indígena que significa "região plana" - está restrito ao Rio Grande do Sul, onde ocupa 178.243 km2 – o que corresponde a 63% do território estadual e a 2,07% do território nacional.

Segundo o site do Ministério do Meio Ambiente, o Pampa comporta um conjunto de ecossistemas muito antigos e, por isso,apresenta flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. São aproximadamente 3000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas, mais de 450 espécies. Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies de compostas e de leguminosas (150 espécies) como a babosa-do-campo, o amendoim-nativo e o trevo-nativo. A fauna é expressiva, com quase 500 espécies de aves.

Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil o Pampa é o bioma que menor tem representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).” “Diversas fontes divulgam que apenas 1% do bioma permanece protegido, enquanto ambientalistas apontam a pecuária, a lavoura de arroz e a expansão do cultivo da soja como as principais ameaças ao Pampa, não só pela exclusão dos campos nativos quanto pelo empobrecimento do solo, introdução de espécies forrageiras e desequilíbrios no sistema hídrico.” (AGUIAR, SONIA et al, 2016).

Assim como os demais biomas, o Pampa carece de programas de conservação, ainda segundo o Ministério, “as “Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira”, atualizadas em 2007, resultaram na identificação de 105 áreas do bioma Pampa, destas, 41 (um total de 34.292 km2) foram consideradas de importância biológica extremamente alta.”


Pantanal


Site: Fórum Defesa/

O Pantanal cobre aproximadamente 150.355 km², ocupando assim 1,76% da área total do território brasileiro e é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta. De acordo com o site do Ministério do Meio Ambiente, “estudos apontam que o bioma abriga os seguintes números de espécies catalogadas: 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas. Segundo a Embrapa Pantanal, quase duas mil espécies de plantas já foram identificadas no bioma e classificadas de acordo com seu potencial, e algumas apresentam vigoroso potencial medicinal.”

O Pantanal também tem sofrido com as ações humanas, principalmente pela atividade agropecuária, que é um dos fatores que mais contribuem para o aumento das queimadas. Neste ano de 2020 vimos o Pantanal sofrer a maior devastação de sua história. Agosto deste ano teve o maior número de queimadas desde o início do monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998. Foram 5.935 focos de calor detectados de 1º a 31 de agosto.


A questão ambiental como um todo, não só referente à preservação dos biomas brasileiros, mas de uma forma geral, precisa ser tratada como prioridade pelas autoridades. O mundo está mais quente e por conta das mudanças climáticas diversas transformações devem acontecer no planeta, como o aumento do nível do mar, queda na produção de alimentos e a possível extinção de algumas espécies.

São diversas ações humanas que desencadeiam em diversas reações negativas do ambiente em que nós mesmos vivemos e que podem afetar a geração futura que nós mesmos pretendemos construir.



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