Como funciona o INPE?
Atualizado: 19 de mar. de 2021
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais é um instituto ligado ao Governo Federal, é responsável pela observação da Terra e, a partir disso, explica como o meio ambiente muda. Saiba como esse órgão tão importante atua nos estudos climáticos e ajuda na conservação da maior floresta tropical do mundo.
Com o objetivo de disseminar dados e informações, o INPE conta com 100% de tecnologia nacional provinda da utilização de satélites e do software TerraAmazon, que consegue classificar o uso e a cobertura do solo do que chamamos de “Amazônia legal brasileira”, termo político criado com base no desenvolvimento econômico da região de nove Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão, abrangendo não somente o Bioma Amazônico, como também o Cerrado.
Apesar de que em 2020 o INPE ficou conhecido principalmente por monitorar as queimadas que estão destruindo o Pantanal e a Amazônia, o instituto faz muito mais do que isso. Ele também faz previsão do tempo, fiscaliza o sistema de rastreio de madeiras - já que a madeira legal é muito mais cara que a não-fiscalizada, que envolve desmatamento e trabalho escravo -, entre outros serviços.
O que nós, como cidadãos brasileiros, podemos fazer para ajudar o meio ambiente é entender os programas e acompanhar se o INPE continua fazendo a sua tarefa. Para ajudar a fauna e flora nacionais e os povos indígenas, conheça alguns dos projetos de monitoramento do instituto:
1. PRODES
O Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite ocorre de maneira anual. É um programa que quantifica a perda da floresta primária, os dados que importam são os do desmatamento original, o que evita uma contagem dupla da região, não levando em conta um possível reflorestamento de uma região já devastada. A importância do PRODES se dá na criação de políticas públicas que visam a preservação da Amazônia, além de servir de dado de referência quando se trata do desmatamento da mesma.
2. DETER
Levantamento contínuo da cobertura florestal da Amazônia, criado para dar suporte ao IBAMA quanto à fiscalização e ao controle do desmatamento na região. É importante que nesse programa de monitoramento, é necessário ter cuidado com comparações mês a mês pois não é possível dizer o quanto estamos vendo da floresta devido às condições climáticas: se estiver nublado, não é possível visualizar o desmatamento.
3. TerraClass
Em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária), o INPE faz uso do projeto TerraClass para qualificar a devastação da Amazônia legal. É importante para a sua fiscalização entender como a área desmatada vem sendo utilizada, o motivo e a causa da derrubada das árvores. Se é área urbana, agricultura anual, mineração, pasto limpo ou pasto sujo, seja o que for, deve constar nos mapeamentos.
Como acessar os dados de monitoramento do INPE?

Através do site Terrabrasilis, uma plataforma didática e muito intuitiva do INPE. A aba “Dashboard de avisos” é sobre os dados mais recentes de desmatamento, “Mapa de Avisos” apresenta regiões de cobertura florestal onde ocorreu desmate. A partir de todos esses mecanismos, é possível acessar as estatísticas ao longo do tempo e fazer comparações com períodos anteriores.
Fontes:
Site do INPE: http://www.inpe.br/
Cláudio Almeida, coordenador do INPE, em curso ofertado pela Casa do Saber
Nexo Jornal: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/08/07/Um-passo-a-passo-para-ler-os-dad os-do-Inpe-sobre-desmate